"Corpos se contorciam de dor e sofrimento ao pé
da montanha. Outros, sem saber o que fazer, simplesmente choravam. Pedregulhos caíam
sobre a paróquia e não havia morada que os defendessem. Os fiéis se
desesperavam e o trânsito parara de vez.
O Cristo Redentor não existia mais."
- Pág. 10
"Mensageiros da Morte"
é o romance de estreia de Marcos de Sousa e o primeiro volume de uma série - o
que eu não sabia até chegar ao final da obra -, o começo a leitura me foi um
pouco confusa devido a alternância de tempos, tipo, um capítulo é em uma determinada
data, outro se passa um ano antes, mas depois a gente "entende" tudo melhor.
E também achei que as coisas estavam ocorrendo meio rápidas demais.
O mundo está um caos! E a história
já começa denunciando esse caos: a destruição do Cristo Redentor. Mas não para
por aí. No mundo todo, ataques que pareciam terroristas acontecem. O que seria?
Obra um terrorista nato? Uma representação de uma ameaça mundial? Ou... Um
convite para a Terceira Guerra?
Em meio a tudo isso, encontra-se
o Chefe, o responsável por todo esse caos. O enredo levanta diversas questões
como o porquê de ele estar fazendo isso. Mas ele é o tipo de ser que alfineta
as pessoas certas em seu plano bem arquitetado. E, assim, o Chefe consegue o
que parece querer desde o princípio: uma guerra em nível mundial.
"O Chefe gargalhou ao telefone. Ele adorava
mentiras, principalmente quando sabia a verdade. E ele sempre sabia de tudo."
- Pág. 26
Ainda no meio de toda essa catástrofe,
estão Enzo e Thiago. O primeiro, um homem forte, porém, que passa a perder as
coisas e pessoas que mais ama. Quanto ao segundo, um "moleque", que,
a princípio, parece não querer nada com a vida. Esse foi o personagem que me
pegou de jeito, por mais que ele seja o estilo "jovem problemático",
quando ele fala algumas verdades, é sem rodeios e direto ao ponto, como algumas
referências às respeitosas leis do Brasil - haha.
Mas, quem são Enzo e Thiago na
história, afinal? Simples: fazem parte dos Mensageiros da Morte, um grupo de
militares - ou soldados? Sei lá, dá no mesmo. - enviados à Guerra para zelar
por nosso país, lutar por ele com unhas e garras - e, claro, armas.
"Jackson desviou o olhar e lágrimas cortavam o
seu rosto.
- Bombardeio realizado com sucesso.
- O mesmo ocorreu em Teerã, general. Comemore,
acabamos de vencer a guerra.
- E de perder nossas almas..."
- Pág. 163
O livro é dividido em capítulos
curtos, repleto de diálogos inteligentes, cheio de ação e a escrita do autor
nos motiva a prosseguir com a leitura. Algo que achei interessante e relevante
mencionar, foi a realidade exposta entre os Mensageiros da Morte, a crueldade
que o Sargento é capaz de fazer por se sentir superior aos militares, inclusive
a relação entre os militares chegou a me lembrar um pouco do filme/livro Sniper
Americano, haha. É tudo muito bem feito e planejado pelo autor. E, falando
nisso, ele não mede esforços quando o assunto é matar personagens, quer você
goste ou não.
"A morte passeava pelos corredores, beijando
alguns e, para outros, deixando promessas de que voltaria."
- Pág. 160
Não vou mentir: a
genialidade do tal Chefe chegou a me irritar em certos pontos, porque, CARAMBA!,
o cara nunca erra! Mas é compreensível, afinal, ele mexe com as pessoas certas,
cutuca as feridas mais dolorosas de seus álibis e põe em prática suas ações,
sem ao menos sujar as próprias mãos. Fiquei louco desde o princípio tentando
descobrir quem era o chefe, mas a partir da metade do livro passei a ter certas
desconfianças e acabei sacando quem ele era antes da grande revelação, achei um
pouco previsível.
Mas, gente, O QUE FOI AQUELE
DESFECHO, PELO AMOR DE DEUS!? Foi tipo, ai, nossa, não sei. Um soco. Um aperto
no coração. Uma voadora. Me deixou totalmente sem palavras e louco pela
continuação. Várias perguntas estão voando em minha mente, e espero que sejam
respondidas nas sequências desse volume.
Só me apeguei a um
personagem, e depois quis esganá-lo, e, por ser um leitor beeem observador,
achei alguns erros bem chatinhos na revisão, por isso a nota é 4 na escala de 0
a 5. A edição está simples e as páginas brancas em letras menores que o normal,
porém, nada que dificulte a leitura. Mas, fora isso, a história é ótima, super
bem construída, uma boa pedida para fãs de histórias de guerra, como eu, e cheia
de surpresas. Sem dúvida, uma das minhas melhores leituras nacionais!
"Medo é sinal de fraqueza e tem cheiro de
morte."
-
Pág. 23
Oii!!
ResponderExcluirEu quero muito esse livro!!! hehe A leitura parece mesmo interessante, com um enredo que instiga e prende o leitor. Quero conhecer mais dessa leitura.
beijos
http://mundo-restrito.blogspot.com.br
@rs_juliete
Olá!
ResponderExcluirGostei da premissa! É um livro que promete envolver do começo ao fim o leitor, me parece ser um thriller super empolgante! Já anotei na minha wishlist!
resenhaeoutrascoisas.blogspot.com
Hahaha, muito legal sua resenha!
ResponderExcluirO Chefe deve ser o máximo, fiquei curiosa! Rs
Acho q é a primeira resenha q leio desse livro, a história me lembrou um livro chamado "Toda verdade" do David Baldacci, muito bom por sinal ;)
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
WOOW!!1 Me arrepiei com o "O Cristo Redentor não existia mais."
ResponderExcluirHmm, gostei desse Thiago, uahahha >3< E fiquei super curiosa pra conhecer esse Chefe. Parece um ótimo livro mesmo! A tua resenha me empolgou e já coloquei lá no skoob pra eu no esquecer.
Kissus
www.penseicliquei.blogspot.com