05 julho 2015

#Resenha40 - Mensageiros da Morte (Marcos de Sousa)

"Corpos se contorciam de dor e sofrimento ao pé da montanha. Outros, sem saber o que fazer, simplesmente choravam. Pedregulhos caíam sobre a paróquia e não havia morada que os defendessem. Os fiéis se desesperavam e o trânsito parara de vez.
O Cristo Redentor não existia mais."
- Pág. 10


 
"Mensageiros da Morte" é o romance de estreia de Marcos de Sousa e o primeiro volume de uma série - o que eu não sabia até chegar ao final da obra -, o começo a leitura me foi um pouco confusa devido a alternância de tempos, tipo, um capítulo é em uma determinada data, outro se passa um ano antes, mas depois a gente "entende" tudo melhor. E também achei que as coisas estavam ocorrendo meio rápidas demais.

O mundo está um caos! E a história já começa denunciando esse caos: a destruição do Cristo Redentor. Mas não para por aí. No mundo todo, ataques que pareciam terroristas acontecem. O que seria? Obra um terrorista nato? Uma representação de uma ameaça mundial? Ou... Um convite para a Terceira Guerra?

Em meio a tudo isso, encontra-se o Chefe, o responsável por todo esse caos. O enredo levanta diversas questões como o porquê de ele estar fazendo isso. Mas ele é o tipo de ser que alfineta as pessoas certas em seu plano bem arquitetado. E, assim, o Chefe consegue o que parece querer desde o princípio: uma guerra em nível mundial.

"O Chefe gargalhou ao telefone. Ele adorava mentiras, principalmente quando sabia a verdade. E ele sempre sabia de tudo."
- Pág. 26
Ainda no meio de toda essa catástrofe, estão Enzo e Thiago. O primeiro, um homem forte, porém, que passa a perder as coisas e pessoas que mais ama. Quanto ao segundo, um "moleque", que, a princípio, parece não querer nada com a vida. Esse foi o personagem que me pegou de jeito, por mais que ele seja o estilo "jovem problemático", quando ele fala algumas verdades, é sem rodeios e direto ao ponto, como algumas referências às respeitosas leis do Brasil - haha.

Mas, quem são Enzo e Thiago na história, afinal? Simples: fazem parte dos Mensageiros da Morte, um grupo de militares - ou soldados? Sei lá, dá no mesmo. - enviados à Guerra para zelar por nosso país, lutar por ele com unhas e garras - e, claro, armas.

"Jackson desviou o olhar e lágrimas cortavam o seu rosto.
- Bombardeio realizado com sucesso.
- O mesmo ocorreu em Teerã, general. Comemore, acabamos de vencer a guerra.
- E de perder nossas almas..."
- Pág. 163


O livro é dividido em capítulos curtos, repleto de diálogos inteligentes, cheio de ação e a escrita do autor nos motiva a prosseguir com a leitura. Algo que achei interessante e relevante mencionar, foi a realidade exposta entre os Mensageiros da Morte, a crueldade que o Sargento é capaz de fazer por se sentir superior aos militares, inclusive a relação entre os militares chegou a me lembrar um pouco do filme/livro Sniper Americano, haha. É tudo muito bem feito e planejado pelo autor. E, falando nisso, ele não mede esforços quando o assunto é matar personagens, quer você goste ou não.

"A morte passeava pelos corredores, beijando alguns e, para outros, deixando promessas de que voltaria."
- Pág. 160

Não vou mentir: a genialidade do tal Chefe chegou a me irritar em certos pontos, porque, CARAMBA!, o cara nunca erra! Mas é compreensível, afinal, ele mexe com as pessoas certas, cutuca as feridas mais dolorosas de seus álibis e põe em prática suas ações, sem ao menos sujar as próprias mãos. Fiquei louco desde o princípio tentando descobrir quem era o chefe, mas a partir da metade do livro passei a ter certas desconfianças e acabei sacando quem ele era antes da grande revelação, achei um pouco previsível.

Mas, gente, O QUE FOI AQUELE DESFECHO, PELO AMOR DE DEUS!? Foi tipo, ai, nossa, não sei. Um soco. Um aperto no coração. Uma voadora. Me deixou totalmente sem palavras e louco pela continuação. Várias perguntas estão voando em minha mente, e espero que sejam respondidas nas sequências desse volume.

Só me apeguei a um personagem, e depois quis esganá-lo, e, por ser um leitor beeem observador, achei alguns erros bem chatinhos na revisão, por isso a nota é 4 na escala de 0 a 5. A edição está simples e as páginas brancas em letras menores que o normal, porém, nada que dificulte a leitura. Mas, fora isso, a história é ótima, super bem construída, uma boa pedida para fãs de histórias de guerra, como eu, e cheia de surpresas. Sem dúvida, uma das minhas melhores leituras nacionais!

"Medo é sinal de fraqueza e tem cheiro de morte."

- Pág. 23

4 comentários:

  1. Oii!!

    Eu quero muito esse livro!!! hehe A leitura parece mesmo interessante, com um enredo que instiga e prende o leitor. Quero conhecer mais dessa leitura.

    beijos

    http://mundo-restrito.blogspot.com.br
    @rs_juliete

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  2. Olá!

    Gostei da premissa! É um livro que promete envolver do começo ao fim o leitor, me parece ser um thriller super empolgante! Já anotei na minha wishlist!

    resenhaeoutrascoisas.blogspot.com

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  3. Hahaha, muito legal sua resenha!
    O Chefe deve ser o máximo, fiquei curiosa! Rs
    Acho q é a primeira resenha q leio desse livro, a história me lembrou um livro chamado "Toda verdade" do David Baldacci, muito bom por sinal ;)
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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  4. WOOW!!1 Me arrepiei com o "O Cristo Redentor não existia mais."
    Hmm, gostei desse Thiago, uahahha >3< E fiquei super curiosa pra conhecer esse Chefe. Parece um ótimo livro mesmo! A tua resenha me empolgou e já coloquei lá no skoob pra eu no esquecer.
    Kissus
    www.penseicliquei.blogspot.com

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